Menos é mais




Hoje venho falar de descobertas. Venho falar de frases prontas, que repeti por tantos anos, acreditando que as entendia.

O final do ano de 2009 tem sido de descobertas fundamentais. Isto, para mim, que busco ser plena, é uma forma de fechar o ano com chave de ouro.

Fiz algumas descobertas importantes e gostaria de compartilhar.

Uma frase que ouvi há cerca de treze anos é: "Deixe o outro ser livre!" E eu pensei que houvesse entendido. Nada! Descobri, há poucos dias, que deixar o outro ser livre é muito mais complexo, muito mais difícil e muito mais bonito do que eu imaginava. Uma coisa é o outro ser livre. Outra, bem mais profunda, é eu admitir que ele seja. É admitir que só posso fazer a minha parte e que a parte do outro não depende de mim. Que de nada adianta ficar ansiosa, ficar planejando argumentos. De nada adianta ousar querer ter alguma imfluência nas decisões de qualquer outra pessoa. As escolhas são individuais e qualquer tentativa de fazer com que outra pessoa escolha algo segundo meus desejos é manipulação. E isto não é deixar o outro ser livre. Eu posso querer muito milhões de coisas, mas escolher, só posso escolher por mim. Às vezes dói. Às vezes dá muito certo. Mas o gostinho da liberdade é pessoal e intransferível.

Uma outra descoberta importante foi acerca de Deus. Como Deus é rotulado, esteriotipado, como a humanidade cria adjetivos para Deus!! Como se pudesse colocá-lo em uma forma. Como se Deus fosse limitado. Cresci ouvindo muitas definições de Deus e fui, durante a vida toda, mais uma a limitá-lo. Até que percebi que Deus é o que é. Ele é quem é e ponto. É energia, universo, é força criadora, é tudo o que não sei definir, nem nomear. É tudo. Entendi que a este TUDO damos o nome de Deus. Porque o ser humano precisa do inteligível. Só que Deus não é inteligível. Diante de tanta força, não existem nomes ou palavras. E, assim, voltei a crer.

Descobri, também, que a vida é curta. É simples e curta. E que não tenho tempo para complicar. Aliás, ninguém tem. A vida é curta, pessoas, é curta! Então, que se viva o presente! Simples assim.

Passei dez anos encucada com qual seria a minha vocação. Dez anos de dúvida, de lágrimas, de busca, de enganos. E descobri que não interessa onde eu esteja. Minha vocação é amar. Apenas amar. E isto eu posso fazer em qualquer lugar. Não existe a melhor escolha. Ao invés de ficar pensando muito, melhor é escolher viver o presente, amar no presente. Pois não dá para controlar o futuro. Só posso escrever um pouquinho do meu futuro no "agora". Melhor, então, ao invés de ficar sentada, pensando num futuro que ainda nem existe, arregaçar as mangas e "viver tudo o que há pra viver". E amar tudo o que há pra amar.

Por enquanto é só, pessoal! Um Natal feliz para todos!

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Encanto!

"Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

Por hoje, apenas concordo com Vinícius...


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