terça-feira, 12 de março de 2013

Hoje eu não tô boa, não...

A foto já diz: hoje eu estou apontando dedos, reclamando e, hoje, as coisas não estão descendo tão redondas quanto o líquido da imagem.

E, antes que alguém pense em querer ficar me arguindo sobre de quem estou falando, o que estou falando, por qual motivo e todos aqueles relatórios ridículos que acabam por inibir qualquer ser humano de ser ele mesmo, deixo bem claro que este espaço, embora gratuito, é reservado ao meu uso, portanto é meu e que, em meu espaço, escrevo o que eu quiser, é lógico que sem ofender pessoas. Agora, se a carapuça servir, aí já não é problema meu. Afinal, nem nomes citarei nesta postagem.

Começando (ou quase - já comecei acima), hoje as redes sociais, se não uma em especial, estão me enojando um pouco. A pessoa posta imagens de fé, amor, religião, blá, blá, blá e se faz de a criatura que ajuda! Madre Teresa de Calcutá!

COITADA DA MADRE TERESA DE CALCUTÁ! Deve estar revirando todos os seus restos mortais no túmulo!

É...citei o nome da Madre Teresa de Calcutá...

Mas, puxa, foi um elogio. Acho que ela vai entender...

Prosseguindo, a pessoa se faz de A criatura que só sabe e quer ajudar, A criatura preocupada com o bem estar da humanidade, A criatura que faz caridade. Resumindo: A criatura.

Daí você conhece esta criatura e se encanta (ainda mais gente idiota nesse sentido como eu). Simplesmente se encanta, se abre, se mostra inteiro(a), desabafa, até que você começa a passar por uma situação realmente difícil, que não está conseguindo suportar sozinho(a). E, carambolas, a quem você recorre? A quem?

Ao anjo em forma de gente que você conheceu.

Daí você começa a perceber todas as ocupações que A criatura "disponível" tem. São tantas que nunca, nunquinha sobra um mísero tempo para simplesmente ouvir. Mas você pensa que é impressão, que é paranoia,  carência. E não percebe que A criatura não tem tempo e, muito menos, vontade de ser o tal anjo que "diz" querer ser.

A essas criaturas (me incluindo, quando for o caso de pensar em fazer este papel ridículo na sociedade - se não posso e não quero ser um anjo na vida de alguém, que eu não seja, p...) eu digo: VOCÊ NÃO PRECISA SER SIMPÁTICO(A)! NÃO PRECISA SER UM ANJO! NÃO PRECISA SER NADA! SEJA VOCÊ E NÃO ENGANE OS OUTROS COM SUA FALSA PREOCUPAÇÃO!

Se não vai dar aquela força, avise logo na primeira vez em que for procurado(a). Porque você NÃO É OBRIGADO(A) A SER LEGAL, AMIGO E NEM AJUDAR NINGUÉM! Entendeu?

Não é feio não querer ajudar, não querer se meter, não querer saber. O feio, parafraseando a flor do Pequeno Príncipe, é ser IRRESPONSÁVEL COM AQUILO QUE CATIVOU! Isso, sim, é feio, imoral, hostil, agressivo. E o pior: deixa marcas e mágoas profundas, difíceis de serem curadas e que atrapalham a vida de quem você cativou.

Pense nisso da próxima vez em que pensar em ser A criatura na vida de alguém. Se não dá conta (e percebe-se que não dá), NÃO SEJA! É simples.

Agora, falando sobre uma parte da família que não tenho: irmãos.

Sempre fui louca para ter irmãos. Sei que irmãos brigam, discordam, são diferentes e, principalmente, que não são siameses, logo cada um tem sua vida. Mas imagino que a ligação seja bastante forte.

Meu tio era o mais afastado dos três irmãos, por motivos de força maior. Mesmo assim, nunca foi abandonado. Ele estava longe somente quando escolhia mesmo. E ele escolheu muitas vezes. Mas, na hora do vamos ver, estavam lá a minha mãe e a minha tia, até o fim! Até a morte! Todos os dias!

E, mesmo quando não era a hora do vamos ver, quantas vezes elas o procuraram, mesmo que fosse para dar um sabão por causa das escolhas controversas que ele fazia.

Irmãos são diferentes, mas, certos ou errados, exemplares ou problemáticos, continuam sendo irmãos.

É claro que ninguém é obrigado a pensar como eu. Agora, "cá" entre nós, se eu tivesse um irmão!!!!!!! Ah, se eu tivesse!!!!!!! Eu ia ligar para ele, sabia? Ia dar bola, ia procurar.

Sei que a vida é corrida, mas um telefonema não custa, não é mesmo?

Sei que, às vezes, não dá para fazer uma visita. Mas eu pensaria nisso, principalmente se eu estivesse há um tempo sem encontrá-lo, se ele tivesse ido a todos os eventos que convidei e se eu  sempre arranjasse um tempo para fazer visitas mais distantes.

Mas isso EU faria. Ninguém é obrigado a fazer. Mas...EU...aahhhh! Eu FARIA!

Esta sou eu hoje: chatinha, incompreensiva, rabugenta, exigente, Bull.

FUI!

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